A BUSCA DA PSICOTERAPIA
M. Júlia P. Peres, médica
"Quando as pessoas procuram uma terapia não significa que estejam loucas, como pensavam os antigos desinformados. Indica, isto sim, que se encontram envolvidas em difíceis situações psicológicas, orgânicas, sociais, interpessoais ou espirituais, que as levam a buscar recursos, que lhes possam indicar possibilidades de resolver de forma inteligente os seus problemas (e quem não os tem?...). Geralmente, tais pessoas, convivem somente com determinadas situações, que lhes oferecem opções e possibilidades em seus próprios modelos de mundo. Então os sofrimentos, os conflitos, os dese-quilíbrios e desajustes pelos quais estão passando, devem-se ao seu desconhe-cimento de outras visões de vida, ou seja, as suas escolhas, opções e atitudes são compatíveis apenas com a sua própria ótica, o seu enfoque peculiar, embasados em seus sistemas de crenças e de valores, que constituem a sua realidade, às vezes distorcida ou diferente das demais. A função do terapeuta, então, consiste em através de diferentes técnicas de trabalho, conduzir o próprio paciente a encontrar os caminhos que lhe pareçam mais adequados, modificando e ampliando o seu limitado e, freqüentemente, doloroso modelo vivencial. Assim, ele se permite ter maior número de opções para expandir e enriquecer a sua visão de vida, tornando-a de melhor qualidade, resolvendo ou minimizando e compreendendo os problemas que o estão angustiando, em seu momento atual.
A evolução, no sentido de reestruturar as fundamentações do conhecimento humano, abre novas possibilidades de uma visão mais ampla do ser humano.
O estado de transitoriedade científica em que se vive atualmente, impulsiona a selecionar na multiplicidade de abordagens terapêuticas, com respectivas técnicas e processos, aquela que, com embasamentos bem fundamentados, possa ser efetivamente psicoterápica, ainda que inicialmente, suscite polêmicas, como o foram e o são numerosas escolas psicológicas.
Assim, na TRVPeres - Terapia Reestruturativa Vivencial Peres o terapeuta experiente nesta abordagem psicoterápica, conduz o paciente a lembranças dolorosas de diferentes fases do seu passado, que são reconstituidas sob forma de vivências, através de técnicas especiais para cada etapa (anamnese; relaxamento; conecção com o Inconsciente; vivências de situações traumáticas relacionadas ao tema que está tratando na sessão; decisão, redecisão; desprogramação, programação positiva, retorno e finalização). Ao vivenciar esses eventos marcantes e significativos de seu passado (momento mais traumático), ele define um padrão de comportamento, um modelo de vida que resulta uma decisão, que o leva a procedimentos negativos e repetitivos, durante muito tempo. Estes padrões o fazem ter uma visão de mundo que lhe é peculiar e limitada, tornando-o envolvido em conflitos, problemas orgânicos, somatoformes e interpessoais, que lhe estruturam um roteiro de vida desprazeiroso e difícil.
A partir de então, o paciente é consultado se gostaria de mudar aquela decisão que está lhe trazendo desajustes e formular uma redecisão, com o objetivo de mudar o seu modelo de mundo, para obter melhor qualidade de vida. Com essa redecisão, que também é elaborada com normas e processos específicos da TRVPeres, o paciente vai trabalhar consigo mesmo, num processo auto educativo, cognitivo e de conscientização, para pô-la em prática, criando oportunidades para transforma-la em atitudes concretas, efetuando então suas metas de mudança. Essas atividades do paciente são verificadas, supervisionadas e orientadas pelo terapeuta, nas sessões integrativas, que são intercaladas às sessões de regressão.
Como a vivência regressiva a eventos traumáticos do passado mobiliza muitos conteúdos emocionais, a fase seguinte da TRVPeres é a Desprogra-mação, pela qual o terapeuta conduz o paciente a desvincular-se das emoções, sensações, sentimentos, imagens, ligados às lembranças difíceis do passado, correlacionando-as com seus problemas atuais de vida, conscientizando-se das causas e circunstâncias desagradáveis que desenvolve em seu dia-a-dia. Aqui o terapeuta leva o paciente a transformar as situações traumáticas e harmonizar-se consigo mesmo.
A fase que se segue é a Programação positiva, pela qual o terapeuta incentiva o paciente à prática de sua jornada de trabalho com habilidade e disposição para o cumprimento do dever, ampliando assim o seu mundo, com atitudes de equilíbrio e exemplos saudáveis, motivando-se para melhor qualidade de vida.
A desprogramação e a programação positiva através dos processos de comu-nicação mente-corpo, que geralmente funcionam automaticamente, têm o objetivo de corrigir os padrões negativos de disfunções psico-biológicas e potencializar as características pessoais positivas, para viver tranqüilamente os processos de mudança, que se fizerem necessárias.
Ao terminar a sessão regressiva o terapeuta conduz o paciente a sentir-se perfeitamente bem, tomando consciência de todo o seu corpo físico, disposto para adquirir de modo concreto o aprendizado adequado para administrar sua vida de maneira útil e inteligente, para atingir seu processo evolutivo.
É muito importante que o paciente tome conhecimento dos embasamentos da TRVPeres, para ter uma visão mais clara do presente, fundamentada no que se conscientizou durante a regressão.
O terapeuta que trabalha com TRVPeres o faz com a habilidade, conhe-cimento e prática no assunto. Há um grande respeito à ética profissional e o seu exercício exige lucidez e respeito ao cliente, como ser humano que ele é, além da prudência em sua aplicação, obedecendo às indicações, limitações e contra-indicações da mesma."
in http://www.trvperes.com.br/
